E começou o jogo...

Às vezes penso como é que é possível conhecer tão mal alguém. Foram vinte e um anos a constatar o quão mal te conhecia e por isso te acho digno das minhas palavras. Não é qualquer pessoa que ao fim de tanto tempo ainda nos consegue surpreender.

(Recordo apenas que as surpresas nem sempre trazem sorrisos consigo...)

Talvez por ser parte de ti, e hoje isso já não me incomoda, sei-nos diferenciar muito bem... Agradeço-te. Tudo o que sei é a ti que devo, foi por tua causa que aprendi. Não foi porque me tivesses dito "é assim que se faz" mas porque me mostraste exactamente aquilo que não quero fazer!

Mas acabou. Hoje percebi que acabou. Quando recebi noticias tuas e não muito boas, percebi que apenas tive pena que algo de mau te acontecesse, porque de facto não te vou poder ajudar caso aconteça... É pena que tenha que fazer isto e sentir isto, que não é nem raiva nem rancor, mas que é enorme...

Indiferença.

Sempre me achei razoavelmente sensata, mas a vida por vezes obriga-nos a fazer escolhas e a tomar posições. E eu tomei a minha.

Neste momento sinto que estou a jogar... A jogar xadrez... Veremos que faz "cheque-mate"...

Contudo, apenas te desejo toda a sorte do mundo, não porque a mereças, mas porque acima de tudo me considero uma pessoa justa...