Querido Diário - Capítulo 2

Pois é querido diário...

Eu avisei-te que não ia conseguir escrever todos os dias! Tive muito que fazer esta semana... Ilustrei relógios Tissot, recortei e colei cavalos marinhos, fiz muitos orçamentos, enfim, ia dando em louca... (Só na brincadeira da ilustração do Tissot foram 5 horas no primeiro dia mais 3h30 no segundo!)



Mas cá estou eu outra vez a por a escrita em dia!

Foi uma semana complicada esta, não só pelo trabalho, até porque isso foi o que menos custou!... Custou-me ter perdido o brilho nos olhos... Custou-me mais ainda alguém me dizer "O que se passou? Já não tens aquele brilho nos olhos que tinhas antes..." Custou ter que responder o que respondi, porque acima de tudo me custou saber a resposta!

É difícil.. Filtrei a humanidade a duas classes: os fortes e os fracos! Mas uns não vivem sem os outros e eu não vivo sozinha!

Felizmente, no meio disto descobri que nem tudo é mau! Há sempre alguém que nos ouve, que nos diz exactamente aquilo que precisamos de ouvir! Alguém que simplesmente nos quer ouvir... E felizmente não tenho só uma pessoa assim! A vocês que me ouvem... Adoro-vos! Obrigada...

Pouco mais tenho a dizer-te, querido diário...

Apenas fico a aguardar mais um tempo mental para te escrever! Entretanto... Mais um tema e daqueles bonitos! =)

Querido Diário - Capítulo 1

(Comecei hoje um novo capítulo do meu blog, a sua passagem a diário! Era bom, muito bom sinal que eu conseguísse manter a escrita actualizada diariamente, mas nem sempre o tempo assim mo permite, sou uma pessoa estranhamente ocupada... Mas bom, o que interessa é falar do meu dia de hoje, e como tal, vou fazê-lo!)


Querido Diário...

O meu dia hoje, como qualquer outro dia em que não vou para o escritório (hoje apenas porque é feriado) começou alegre...

Só queria dormir mais um pouco mas, como tenho uma sra. cá em casa a quem chamo (e com muito orgulho, note-se!!!) de "mãe", às 10h30 tinha o pequeno almoço a ser levado à cama...

(E agora pensam... "Mas porque é que ela se está a queixar? É parva ou quê??")

Não, não sou parva... 5 minutos após o meu croissant com chocolate e o meu leitinho estarem pousados na mesinha de cabeceira oiço "Já são 10h30 filha, a que horas te vais levantar?"

Já deu para perceber, certo?... Só queria dormir mais um bocadinho e, como tal, rosnei e enfiei a cabeça na almofada!

Depois de ser acordada mais umas duas ou três vezes decidi finalmente, "vou-me levantar"! E foi então que percebi que o almoço era arroz de polvo... Esse comer que eu adooooooooooro! (P.S.: Estou a ser irónica!!!!)

Lá comi!

A seguir fui ao hospital visitar a patroa da minha mãe que, coitada, arranjou um valente berbicacho! Caiu de um escadote e desfez um bocado da bacia... Não é muito feliz, diga-se de passagem! Mas enfim, o ambiente de hospital é tudo o que uma pessoa deseja num feriado, a não ser que seja para ir ver bebés!

Depois voltei para casa e fui por o meu irmão ao treino de futebol, nada de mais!

A seguir, já deviam ser umas 18h30, fui até a casa do João e fomos ao Freeport trocar duas prendas de aniversário que me deram (umas botas e uns sapatos que não me serviam)! Ainda encontrei por lá um amigo que não via há talvez uns três ou quatro anos!!!

Voltei para casa, jantei, e aqui estou eu a relatar o meu dia! Ainda falta uma hora para este feriado acabar, mas como estou cheia de dores nas costas, acho mesmo que me vou deitar!

Deixo-vos com um vídeo que eu gosto particularmente, não porque tenha alguma coisa haver com o que se passou hoje no meu dia, mas simplesmente porque gosto!

Fiquem bem e, se amanhã conseguir arranjar um tempinho para escrever, nem que seja qualquer coisa tão parva como esta, até amanhã! Se não... Até um dia destes!!!

Metallica | Sad But True

Hey
Im your life
Im the one who takes you there
Hey
Im your life
Im the one who cares
They
They betray
Im your only true friend now
They
Theyll betray
Im forever there

Im your dream, make you real
Im your eyes when you must steal
Im your pain when you cant feel
Sad but true

Im your dream, mind astray
Im your eyes while youre away
Im your pain while you repay
You know its sad but true

You
Youre my mask
Youre my cover, my shelter
You
Youre my mask
Youre the one whos blamed
Do
Do my work
Do my dirty work, scapegoat
Do
Do my deeds
For youre the one whos shamed

Im your dream, make you real
Im your eyes when you must steal
Im your pain when you cant feel
Sad but true

Im your dream, mind astray
Im your eyes while youre away
Im your pain while you repay
You know its sad but true

Hate
Im your hate
Im your hate when you want love
Pay
Pay the price
Pay, for nothings fair

Hey
Im your life
Im the one who took you here
Hey
Im your life
And I no longer care

Im your dream, make you real
Im your eyes when you must steal
Im your pain when you cant feel
Sad but true

Im your truth, telling lies
Im your reasoned alibis
Im inside open your eyes
Im you


Porquê?... Não sei, mas vinha a ouvir isto no carro e é uma granda letra e uma granda musica!!!

=D

Shining Dark

I'm carrying fantasies
More than you'll ever dream
Maybe I'm like a whisper that
You never want to hear
You were about to see
Meaning of life to me
You were about to feel that love
Growing stronger day by day

But in the end
It's just a dream
There is no reason for you to stay with me
About to crush Into the ground
Oh please believe me when I speak

I don't want the taste of your poison
Still don't know how I miss it so bad
More than try you should be
Maybe someone free

Lonely songs in tears
I couldn't show to you
Like when I've tried to fly
And you didn't let me to
Screaming for the tides
I had to bring you back
But now your eyes are running away
As your light in me escapes

But in the end
It's just a dream
There is no reason for you to stay with me
About to crush
Into the ground
Oh please believe me when I speak

I don't want the taste of your poison
Still don't know how I miss it so bad
More than try you should be
Maybe someone free

By Tragic Comic

Stage is my home...

E é assim que me sinto, com saudades da besta que se apodera de mim quando subo a um palco...

Mas está para breve...

Cavalo à solta...

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
Minha ousadia, meu galope, minha rédia,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, meu poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sussego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura

Por José Carlos Ary dos Santos

Estrela da Tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes
Que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas
Tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
Tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
Na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo
Que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz
Que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto
Tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite,
Para haver outro dia.

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.

Foi a noite mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos noturnos silêncios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram.

Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.

Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto!

Por José Carlos Ary dos Santos

Ford Fiesta, o meu primeiro carro!

Ainda me lembro do dia em que o comprei, estava realmente emocionada porque ia finalmente ter o meu primeiro carro!!! Foi amor à primeira vista! Foi nele que eu realmente aprendi a conduzir... (com tanta esquisitice, qualquer um aprendia!)

No mesmo dia que recebi a carta de condução no correio (14-06-2005) fui com o meu primo buscar o carro! (Escusado será dizer que foi ele que levou o carro até minha casa... Com os nervos que eu estava nem de bicicleta sabia andar!)

No dia 15-06-2005 foi a minha primeira aventura na selva - Vim para Lisboa com o carro!

Passei a ponte vidrada, com um medo horrível de fazer asneira, mas correu bem! E depois seguiram-se todas as peripécias que é suposto!!!

Dei por mim à pouco tempo, com o mesmo carro de que tanto gostei, a ver a vida passar-me à frente em 5 segundos... Fiquei sem embraiagem da primeira vez (à entrada da 2ª Circular), fiquei sem motor da segunda (a caminho de Loures), fiquei sem um pneu da terceira (à saída da Ponte 25 de Abril), fiquem sem rádio e sem vidro entretanto(à porta de casa), e depois de ir resolvendo todas estas questões, gastando bastante dinheiro e tudo e tudo, eis que o inevitável acontece...

(E agora sim, começa o episódio de ontem... A minha despedida do meu primeiro carro...)

Estava eu a caminho de Castanheira de Pêra, depois de sair da área de serviço de Aveiras e de ter atestado o depósito, começo a sentir o carro a "morrer"! Reduzi a mudança, mas ele nada... Baixei o volume do rádio e eis quando oiço um "trrrrrr" que me é bastante familiar.

(Disse à Andreia, que ia comigo no carro...)

"Andreia, acabámos de ficar sem motor no carro!"

Ao quilómetro 50.5 da A1 Norte, no sentido Sul-Norte, lá ficámos nós à espera do reboque... Ainda tivemos que esperar um táxi nas portagens do Cartaxo, para que nos levasse à área de serviço onde estavam os meus tios e a minha mãe à nossa espera para seguirmos viagem!


Eu fui para o Norte e o meu Ford Fiesta foi para o Sul... Ficou estacionado à porta de minha casa e é lá que ele está, até que eu decida o que fazer com ele!

A minha estrada...

E porque hoje me apetece escrever, mesmo não sabendo muito bem até onde me levam as palavras, escrevo. Por estar feliz, por estar diferente, por ser quem sou depois do caminho que percorri até agora, por saber de cor o caminho que quero percorrer, por saber que ao longo desse caminho nada vai correr como planeado e por saber que vou receber de braços abertos o que houver para mim guardado!

Esperança. Certeza. É uma mutação sofrida com gosto esta, da esperança à certeza. Certeza de que venha o que vier estou aqui para receber. Certeza de que acredito em mim e naquilo que sou capaz de fazer. Certeza de que o mundo não pára e eu não vou parar com ele, aconteça o que acontecer!

"Tira a mão do queixo, não penses mais nisso! O que lá vai já deu o que tinha a dar... Quem ganhou, ganhou e usou-se disso. Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar!" (Jorge Palma)

Um pouco de fé...

Não são precisos nomes nem deuses, não é preciso uma imagem ou um livro. Quem tem fé, tem e pronto. Acredita. No quê? Em última instância em si mesmo, que no fundo é o que é necessário para se ter um pouco de felicidade! Não é preciso ir buscar forças, elas vêm ter connosco, é só querer um bocadinho... Fechar os olhos e acreditar que é verdade, que estamos vivos e que podemos ser felizes! É óbvio que há coisas más na vida... Mas se assim não fosse de que serviam as coisas boas? De que nos valia ter apenas sol? Ou apenas lua? Ou apenas felicidade? Ou apenas tristeza? Não há bom sem mau e não há tudo sem nada! Pura lógica matemática, feita de músicas e de poemas escritos pela eternidade...

Somos seres tão completos! Conseguimos ser tudo e tudo fazer. Damos vida e também a tiramos. Damos sorrisos e roubamos lágrimas. Criamos obras de arte e destruímos natureza. Criamos inteligência artificial e deixamos que nos chamem burros... Somos assim porque conhecemos as duas realidades, porque fazemos com que assim aconteça, no mais puro dos nossos gestos!

Há quem precise de ver para crer... Que se olhe ao espelho!
Há quem precise de ler para se inspirar... Que escreva!
Há quem precise de imagens... Que pinte e que desenhe!
Há quem precise de ouvir... Que fale!

Há simplesmente quem precise de sentir... Que feche os olhos e seja feliz! Eu sou...

SR

She only comes in the moonlight
She dances when I beg
I left her twice somehow
I've drowned in her hair

And I breathe her over and over
And I hold her deep inside
Forgive me for what I am
But loosing you doesn't make me a better man

The sea whispers a softly lullaby
And it says never again
But here I stand holding my knees
With you in my head

And I breathe her over and over
And I hold her deep inside
Forgive me for what I am
But loosing you doesn't make me a better man

By Tragic Comic

Parabéns Mano!

E uns minutos antes do teu dia acabar... Parabéns!

Parabéns por quem foste, por quem és e por quem virás a ser! Sei que no futuro, tal como hoje, vou sentir orgulho do irmão que tenho!

Por muitas guerras em que estivemos,
Por muitas lágrimas que chorámos,
Por muitos risos que soltámos,
Pela distância que nos foi dada,
Pelo amor que nos uniu e fez mais fortes,
Pela saudade de sermos para sempre pequeninos,
Porque me lembro tão bem como hoje, como foi especial o dia em que pela primeira vez te peguei ao colo...

Parabéns!

Melhor há-de vir meu irmão, mas o que temos hoje é nosso e isso ninguém nos pode tirar!

Sê feliz meu irmão, muito feliz!

E começou o jogo...

Às vezes penso como é que é possível conhecer tão mal alguém. Foram vinte e um anos a constatar o quão mal te conhecia e por isso te acho digno das minhas palavras. Não é qualquer pessoa que ao fim de tanto tempo ainda nos consegue surpreender.

(Recordo apenas que as surpresas nem sempre trazem sorrisos consigo...)

Talvez por ser parte de ti, e hoje isso já não me incomoda, sei-nos diferenciar muito bem... Agradeço-te. Tudo o que sei é a ti que devo, foi por tua causa que aprendi. Não foi porque me tivesses dito "é assim que se faz" mas porque me mostraste exactamente aquilo que não quero fazer!

Mas acabou. Hoje percebi que acabou. Quando recebi noticias tuas e não muito boas, percebi que apenas tive pena que algo de mau te acontecesse, porque de facto não te vou poder ajudar caso aconteça... É pena que tenha que fazer isto e sentir isto, que não é nem raiva nem rancor, mas que é enorme...

Indiferença.

Sempre me achei razoavelmente sensata, mas a vida por vezes obriga-nos a fazer escolhas e a tomar posições. E eu tomei a minha.

Neste momento sinto que estou a jogar... A jogar xadrez... Veremos que faz "cheque-mate"...

Contudo, apenas te desejo toda a sorte do mundo, não porque a mereças, mas porque acima de tudo me considero uma pessoa justa...

Preocupação...

Todo o ser humano tem a necessidade de se preocupar.

Leia-se então:

Todo o ser humano tem a necessidade de se pré - ocupar.

A preocupação não é mais do que uma antecipação de qualquer coisa. Ilusoriamente dá-nos poder para pensar que antecipamos a solução de um problema, problema esse que ainda nem sequer existe. Na realidade o fenómeno "preocupação" é nada mais nada menos que uma necessidade de sofrimento por antecipação que nós, seres humanos, temos. Torna-se como que um amuleto que obtém o crédito de prevenir o perigo com que se está obcecado, num certo sentido, até é mágica, mas na maior parte das vezes, uma desculpa irreal...

Minha pena branca...

Saudades meu amor, saudades.
Saudades das noites em claro, com uma vela e um poema.
Saudades da areia da praia nos cabelos escuros da noite.
Saudades do abraço tão forte e tão puro que sossega o coração.
Saudades de adormecer na tua voz, a cantar musicas de embalar.

Saudades meu irmão, saudades!

Miss me...

Sempre fui uma pessoa de máscaras e disfarces. Fria, insensível e dura aos olhos dos outros. Ao longo do tempo fui-me dando e algumas pessoas tiveram o melhor de mim, dei tudo o que tinha e até o que não tinha. Estava segura sem as minhas barreiras. Expus-me. Dei-me. Amei e amei-me. Fui feliz e aprendi a sorrir. Fui especial, ainda que por pouco tempo, marquei a diferença.

Agora, despejada até ao mais profundo dos meus pensamentos, percebo que as minhas defesas se foram, bem como aquelas pessoas a quem me dei...

Reconheço pedaços de mim entre tanta gente, e em tanta gente me perco porque nunca me encontro. A carência de um coração quente e pronto a ouvir é uma cova onde não quero entrar. O chão foge dos pés sem os meus esconderijos estarem presentes. O caminho é turvo e não consigo por os pés na terra, está quente de mais com toda a fervura da minha cabeça.

Quero gritar. Mas saem apenas gritos mudos e a cabeça está viciada. Quero sair. Ir ver o mar. Mexer na areia e sentir-me em casa. Respirar e acordar mais leve.

Quero fechar os olhos. Abri-los. Sou eu.

Sonho perdido...

Tenho um sonho perdido,
Por entre vales e montes.
Tenho um sonho perdido,
Na solidão de um grito.

O meu sonho perdido perdeu-se quando te vi caminhar para longe, naquela rua escura.

Até ao fim deste meu lugar...

Agora, aquela realidade é apenas uma utopia inalcansável sem qualquer sentido, pois apenas sinto o que sou e nada mais importa. Apenas me transformo nas asas que te estenderam até ao mais longínquo e perfeito azul...

Esperei tanto tempo por um segundo que valeu apena o tanto tempo que te esperei, talvez por isso o tenha guardado para nunca mais o lembrar, para nunca mais o perder. Não quero condenar o que tive a uma simples memória... Quero ver sem olhar, quero saber-te aqui tão perto que qualquer caminho longo se perca na sua distância!

Soube o teu sabor antes de o ter provado, antes até de te ter tocado. Sabia como eras sem nunca te ter perguntado. Deixaste-me ver, pediste-me que visse... E eu vi. Quando te quis perguntar o porquê de tanto me teres mostrado viraste as costas sem mais um segundo e fiquei assim, a esperar por saber...

E por isso em mim ainda se perpetuam os sonhos que sonhámos juntos e a cada beijo que os meus olhos te dão me tento encontrar, por entre o vento que te traz e te leva até ao fim deste meu lugar...

Hoje é daqueles dias em que eu não devia ter saído de casa!

Hoje é daqueles dias em que eu não devia ter saído de casa! E porquê?...

Ora bem, estou atrasada para uma reunião e eis que ao sair da Ponte 25 de Abril me rebenta o pneu traseiro do lado direito!!! Encosto junto ao Santander em Alcântara e ligo para a minha assistência em viagem e passado meia hora lá chegou o senhor na carrinha para me ajudar a trocar o pneu...

(Entretanto liguei o portátil para ir estudando um pouco para o teste de Gestão e Análise Financeira quando o meu Toshiba me diz: "Foram encontradas redes sem fios disponíveis." E eu fiquei contente!!! Conclusão: Não estudei nada e estive no messenger à conversa!)

Quando o senhor da assistência em viagem me troca o pneu percebe que o meu pneu suplente não é igual aos outros e está praticamente vazio...

"Menina, vai ter que ir às bombas encher o pneu! Blabla (isto é ele a explicar como é que eu encho o pneu, porque como boa lady que sou não o sei fazer!!!)"

Ok! Lá vai a Catarina para as bombas da Repsol... Como não podia deixar de ser, o ar estava fora de serviço!

Lá fui eu então a caminho de outras bombas e um senhor muito simpático ajudou-me a por ar no pneu!

Eis que logo a seguir, ao fazer inversão de marcha, calculei mal as distâncias e bati com o carro! Foi de raspão, nada de grave!

Mas enfim... O dia ainda não acabou e costuma-se dizer que não há duas sem três!...

A ver vamos!!!

;)

Uma carta, uma simples carta...

Estou hoje a escrever-te esta carta para te dizer do coração o que a boca não tem coragem...

Já lá vai tanto tempo que até pareço não saber escrever, mas no fundo não é isso, apenas não consigo descrever a sensação que me inunda o corpo de uma dormência tão grande até me paralizar o sangue...

Alguém disse um dia...

"O sofrimento pode ter sentido, transformar-nos por dentro. É preciso paciência. Porque o tempo parece nunca mais acabar e somos projectados para um ponto muito longe do convívio entre os humanos. Faz parte do sofrimento deturpar as coisas, vê-las através de lentes tão fortes que facilmente entontecemos, desiquilibramo-nos, caímos. Temos medo de tudo, de nós mesmos. A simples superfície das coisas nos agride. Somos assaltados por demónios que nos roem a alma. É um tormento em que nos atormentamos. É preciso ter paciência e na maior parte das vezes não a temos. A violência da vida bate-nos em cheio. Procuramos abrigos e todos cedem e nenhum é suficiente. Recordamos a paz que perdemos como o bem mais precioso, ignoramos o caminho que nos traga de volta a nós próprios. Falta-nos a coragem, mas para ela nem encontramos um motivo. O mundo todo é um mal-entendido que aguardamos que se resolva ou estoire e enquanto nada acontece sofremos. Agarramo-nos a coisas que nos escapam entre os dedos. Só a morte está por todo o lado desperta, cerca-nos, olha-nos com os olhos muito abertos, mete medo. Fechamos os olhos, mordemos os lábios, fugimos para debaixo da cama e não há maneira. O amor é uma coisa tão distante, tão impossível. Vivemos, momento a momento, uma solidão que nos aperta a garganta, faz de nós o que quer. Uma música, uma palavra, uma folha caída e é o suficiente para nos trazer uma irremediável precisão de chorar. E quando choramos não sabemos porque o fazemos, é só a tristeza a tomar conta de nós. O sofrimento pode ter sentido, transformar-nos por dentro. "

E é assim que me sinto... Sem saber como nem porquê acho que amei demais e agora estou sem amor... Dei o que tinha e até o que não tinha e, de repente, sem perceber foste embora e deixaste-me assim. Tal como entraste na minha vida, sem sabermos o que havia de ser no dia seguinte (e tinha a sua piada), assim saíste... Já não estava a contar com isso...

Mas eu sempre te disse que havias de ser tu a ir embora e tu nunca acreditaste...

Talvez queiras chamar-lhe um sexto sentido que eu, por ser mulher, tenho... Ou então porque sempre soubeste que te amei muito mais do que tu a mim...

Um beijo... Triste...

...

E como hoje estou numa de escrever e soltar o que há em mim que não consigo dizer, revejo-me em músicas e coloco-as aqui...

"I will not make the same mistakes that you did
I will not let myself cause my heart so much misery
I will not break the way you did
You fell so hard
I've learned the hard way, to never let it get that far

Because of you
I never stray too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I find it hard to trust
Not only me, but everyone around me
Because of you
I am afraid

I lose my way
And it's not too long before you point it out
I cannot cry
Because I know that's weakness in your eyes
I'm forced to fake, a smile, a laugh
Every day of my life
My heart can't possibly break
When it wasn't even whole to start with

Because of you
I never stray too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I find it hard to trust
Not only me, but everyone around me
Because of you
I am afraid

I watched you die
I heard you cry
Every night in your sleep
I was so young
You should have known better than to lean on me
You never thought of anyone else
You just saw your pain
And now I cry
In the middle of the night
For the same damn thing

Because of you
I never stray too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I tried my hardest just to forget everything
Because of you
I don't know how to let anyone else in
Because of you
I'm ashamed of my life because it's empty
Because of you
I am afraid

Because of you
Because of you"

- Kelly Clarkson (Because of You)

Desabafo...

E depois de muito sem escrever, faço um plagio de um blog que me é muito familiar... Esta letra é de uma Sra. chamada Cristina Aguillera e de facto nunca ouvi a música, mas foi dita por alguém a quem eu hoje tenho necessidade de dizer o que essa mesma pessoa disse em tempos...


"It's impossible
It's impossible to love you
If you don't let me know what you're feeling
It's impossible for me to give you what you need
If you're always hidin' from me

I don't know what hurt you
I just, I wanna make it right
Cos boy I'm sick and tired of trying to read your mind

It's impossible
Oh baby it's impossible for me to love you
It's the way it is
It's impossible
Oh baby it's impossible
If you makin' it this way

Impossible to make it easy
If you always tryin' to make it so damn hard
How can I, how can I give you all my love, baby
If you're always, always puttin' up your guard

This is not a circus
Don't you play me for a clown
How long can emotions keep on goin' up and down

It's impossible
Oh baby it's impossible for me to love you
It's the way it is
It's impossible
Oh baby it's impossible
If you keep treating me this way
Over, over and over

Impossible baby
If you makin' it this way, this way
Oh baby, it's impossible
If you makin' it this way"